22/11/11

Em código, como tudo

Voei, lembram-se?
Já são teclas gastas,
Sim, eu sei
Mas é altura de confessar.

Alturas me abraçaram, me elevaram
Como nunca.
Mas, agora, ai agora,
Bem me empurram para terra.

Terra. Peso. Cuidados. Mortes.
De cima de eu vos tirei,
Agora, não mais. Não!
Nem Alexandre o Grande se atreveu a alguma tamanha ousadia.

É bom, dá para sentir, 
Para pensar, corrigir e agir.
Agir, bem, sim. Ou será que não devia?
Talvez deva deixar o rio fluir.

O que passa, não volta atrás.
Óh grande, olha as tuas influências em mim!
Mas sim, talvez ele passe e eu,
Eu, talvez, o veja passar.

Mas não me sinto bem com isso,
Ora, sou rocha ou humano?
Raios me matem senão agir,
Senão lidar contigo de frente, óh terra!

O céu, tenta cuspir-me para ti,
Ora pois bem.
Se tenho que te viver, 
Viverei à nova, antiga maneira do meu ser.

Se me sentires tragável, embraça-me
Possui-me em ti.
Ora senão, cospe-me de volta aos altares,
À nostalgia de voar!

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